Promotor desiste de acusação contra Trump sobre tentativa de anular eleições de 2020 e apropriação de documentos
Autoridade levou em consideração política do Departamento de Justiça dos EUA, que proíbe a instauração de processos criminais contra presidentes que estão no cargo. Trump completa indicações de futuros secretários
O promotor especial Jack Smith pediu à Justiça dos Estados Unidos que arquive duas acusações criminais contra o presidente eleito Donald Trump, nesta segunda-feira (25). Os casos envolvem a tentativa de anular os resultados das eleições de 2020 e a apropriação de documentos sigilosos.
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Segundo o jornal “The New York Times”, Smith levou em consideração a política do Departamento de Justiça dos Estados Unidos, que proíbe a instauração de processos criminais contra presidentes que estão no cargo.
As ações tramitam em dois tribunais diferentes. No caso dos documentos sigilosos, a promotoria desistiu de tentar reverter a anulação do processo, que foi encerrado por uma juiza da Flórida em julho deste ano.
Já no caso das eleições, Trump se tornou réu em agosto de 2023 acusado de participar de uma conspiração com o objetivo de impedir a posse de Joe Biden. Segundo a promotoria, o ataque ao Capitólio em 6 de janeiro de 2021 fez parte das tentativas de alterar o resultado das urnas.
As medidas para encerrar os casos representam uma reviravolta. A investigação sobre as eleições de 2020, por exemplo, se apresentava como uma ameaça perigosa contra a Trump, que poderia ser condenado criminalmente.
No entanto, a vitória dele nas eleições presidenciais de novembro tem feito com que promotores revejam casos judiciais.
Na semana passada, a Justiça de Nova York adiou indefinidamente o anúncio da sentença contra Trump em uma condenação que envolve fraude contábil e a atriz pornô Stormy Daniels.
Mesmo com Trump já condenado no caso, a promotoria de Nova York reconheceu que dificilmente o republicano será sentenciado enquanto estiver na Presidência. Ainda assim, a condenação será mantida.
Donald Trump durante discurso em Nevada, nos EUA
AP