Tornados se espalham em várias cidades da Flórida e são flagrados por moradores; VÍDEOS

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Na rede social X, vídeos foram publicados mostrando o rastro de destruição dos tornados provocados pela passagem do furacão. Moradores registram tornados em diversas partes da Flórida
O furacão Milton avançou pela Flórida nesta quinta-feira (10), provocando tornados que destruíram casas e deixaram mais de 3 milhões de consumidores sem energia. Foram registrado ao menos 19 tornados, disse o governador da Flórida, Ron DeSantis, e os eventos causaram danos em vários condados e destruíram cerca de 125 casas.
Na rede social X, diversos vídeos foram publicados entre quinta e sexta, mostrando a destruição. Em uma das imagens, é possível ver um tornado atravessando uma rodovia na cidade de Wellington. (Veja o vídeo acima)
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AO VIVO: Acompanhe as últimas informações sobre o furacão Milton
O Centro Nacional de Furacões do país já havia alertado da possibilidade de formação de tornados na costa oeste da Flórida antes da chegada do furacão Milton.
“O risco de tornados vai aumentar ao longo da manhã e tarde no centro da Flórida”, disse o centro de previsões, em comunicado.
Passagem de tornado em Wellington, na Flórida
Reprodução
De acordo com informações do jornal norte-americano The New York Times, o furacão Milton gerou tornados poderosos em todo o estado, que resultaram em mortes e danificaram mais de uma centena de estruturas.
O xerife do Condado de St. Lucie, Keith Pearson, estimou que 100 casas foram destruídas no condado com a passagem de 17 tornados. Autoridades da Flórida anunciaram que quatro pessoas morreram na região.
Mais cedo, o delegado do mesmo condado havia dito que a passagem de um tornado — como efeito do furacão — deixou “vários mortos”. Ainda não há informação sobre a identidade das vítimas.

Chegada do furacão
Ruas vazias em Treasure Island, na região de Tampa (Flórida), antes da chegada do furacão Milton
The City of Treasure Island, Florida/Reuters
O furacão Milton deve tocar a costa da Flórida, nos Estados Unidos, na madrugada de quinta-feira (10), segundo o Centro Nacional de Furacões (NHC, na sigla em inglês). Mais de 1 milhão de pessoas receberam ordens para sair de casa e procurar por abrigo imediatamente. A saída da população deixou cidades-fantasmas e provocou congestionamentos.
Nesta quarta-feira (9), o NHC afirmou que o furacão estava a 305 quilômetros da costa da Flórida, e a previsão é de que o fenômeno chegue à Flórida ainda na noite desta quarta-feira (9) pelo horário local — fim da noite ou madrugada pelo horário de Brasília.
Nesta madrugada, os ventos do furacão chegaram a 260 km/h, ainda segundo o NHC, que prevê também que essa velocidade pode aumentar ainda mais. O Milton, ainda de acordo com o último boletim, desceu de categoria, de 5 (a máxima da escala), para 4. Ainda assim, o NHC disse que ele seguirá “extremamente perigoso” quando tocar o solo em Tampa
O furacão Milton uma força “explosiva” nos últimos dias, de acordo com o próprio NHC.
O presidente Joe Biden afirmou que “Milton” deve ser o pior furacão a atingir a Flórida em mais de 100 anos.
Uma das primeiras áreas que serão afetadas é a região metropolitana de Tampa, onde vivem mais de 3 milhões de pessoas. Por lá, as autoridades esperam estragos generalizados em casas e edifícios. Também há risco de inundações.
No entanto, outras áreas da Flórida também podem ser fortemente afetadas, como Orlando. A Disney, por exemplo, resolveu fechar parques temáticos na região a partir desta quarta.
Veja um resumo do que se sabe:
O furacão Milton se intensificou e voltou à categoria 5 na terça-feira (8), pouco tempo depois de perder força.
Atualmente, a costa oeste da Flórida está em fase de recuperação por causa da passagem do furacão Helene, no fim de setembro. A tempestade provocou dezenas de mortes e deixou estragos.
Por causa das ordens de retirada, congestionamentos foram registrados na região de Tampa. Além disso, quatro em cada 10 postos da região estão sem combustíveis.
O furacão deve chegar à costa central do Golfo da Flórida com ventos de até 270 km/h. O governador Ron DeSantis pediu à população que se prepare para um impacto significativo.
O presidente Joe Biden adiou uma viagem internacional para acompanhar a passagem do furacão.
A prefeita de Tampa, Jane Castor, alertou para risco de morte devido à passagem do fenômeno, principalmente em áreas mais vulneráveis.
Aeroportos em Tampa e Orlando interromperam voos. Grandes parques temáticos fecharam, como os da Disney e da Universal.
Cientistas estão surpresos com a temporada de furacões no Atlântico e a classificaram como “a mais estranha” já vista. Cinco fenômenos do tipo se formaram entre setembro e outubro.
No caso de “Milton”, o fenômeno passou de tempestade tropical a um furacão de categoria 5 em apenas 46 horas. O aumento na intensidade é um dos mais rápidos já registrados.
No México, o furacão provocou estragos pequenos. Não há mortos ou feridos.
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Corrida contra o tempo
Os meteorologistas alertam para a possibilidade de o furacão provocar uma maré de até 4,5 metros na Baía de Tampa — a maior já prevista para a região.
“Devemos estar preparados para um impacto significativo”, disse o governador Ron DeSantis.
A altura da água poderia engolir uma casa inteira. Diante do alerta, a prefeita de Tampa, Jane Castor, subiu o tom ao pedir para que os moradores deixem suas residências.
“Se você estiver nela, basicamente estará no seu caixão”, afirmou.
Bomba de gasolina sem combustível na Flórida, às vésperas da passagem do furacão Milton
REUTERS/Octavio Jones
Diante das ordens de retirada, postos de combustíveis da Flórida tiveram longas filas e bombas de gasolina vazias ao longo de terça-feira (7). Um levantamento aponta que 43% dos postos da região de Tampa estavam sem combustíveis.
O governador DeSantis disse que as autoridades estaduais estavam trabalhando com as empresas de combustível para continuar trazendo gasolina antes da chegada da tempestade.
Após atingir a costa da Flórida, o furacão Milton deve atravessar o estado ainda com bastante força.
Cientistas afirmam que as mudanças climáticas estão intensificando ainda mais tempestades.
Os pesquisadores afirmam que a humanidade ainda não possui nenhum tipo de tecnologia que poderia controlar eventos climáticos do tipo.
Veja as categorias de furacões segundo a escala Saffir-Simpson
Juan Silva/g1
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