Israel faz novos ataques em Beirute; Líbano diz que 46 pessoas morreram nas últimas 24 horas

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Novas explosões foram reportadas na capital libanesa na madrugada de quinta-feira (3), pelo horário local. Israel diz que está atacando alvos do grupo extremista Hezbollah. Israel volta e fazer ataque aéreo em Beirute, no Líbano
O governo do Líbano afirmou que 46 pessoas morreram e outras 85 ficaram feridas após ataques israelenses atingirem várias regiões do país, na quarta-feira (2). Israel afirmou que está atacando alvos do grupo extremista Hezbollah.
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Entre os confrontos registrados nas últimas 24 horas estão explosões em Beirute e trocas de tiros no sul do Líbano. Oito soldados israelenses também morreram.
Esta quarta-feira também foi marcada por uma reunião do Conselho de Segurança da ONU para discutir o conflito no Oriente Médio. O secretário-geral da ONU, António Guterres, pediu para que a soberania do Líbano seja respeitada.
Além disso, o representante do Líbano na ONU afirmou que Israel mente ao dizer que faz ataques precisos contra o Hezbollah. Segundo ele, milhares de civis estão desabrigados, e o país precisa de ajuda humanitária urgente.
Já na madrugada de quinta-feira (3), pelo horário local (noite de quarta-feira no Brasil), novas explosões foram reportadas em Beirute. Segundo as Forças de Defesa de Israel, ataques de precisão estavam sendo lançados contra o Hezbollah.
O governo libanês informou que mais de 1 mil pessoas morreram e 6 mil ficaram feridas nos últimos dias devido aos ataques israelenses. Entre as vítimas mortas estão 156 mulheres e 87 crianças.
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Ataques de Israel em Beirute nesta quarta-feira (2).
Amr Abdallah Dalsh/Reuters
Entenda o conflito
Israel disse que está fazendo uma operação militar contra o grupo extremista Hezbollah. Embora tenha atuação política no Líbano, a organização possui um braço armado com forte influência no país. Além disso, o Hezbollah é apoiado pelo Irã e é aliado dos terroristas do Hamas.
Os extremistas têm bombardeado o norte de Israel desde outubro de 2023, em solidariedade aos terroristas do Hamas e às vítimas da guerra na Faixa de Gaza.
Nos últimos meses, Israel e Hezbollah viveram um aumento nas tensões. Um comandante do grupo extremista foi morto em um ataque israelense no Líbano, em julho. No mês seguinte, o grupo preparou uma resposta em larga escala contra Israel, que acabou sendo repelida.
Mais recentemente, líderes israelenses emitiram uma série de avisos sobre o aumento de operações contra o Hezbollah. O gatilho para uma virada no conflito veio após os seguintes pontos:
Nos dias 17 e 18 de setembro, centenas de pagers e walkie-talkies usados pelo Hezbollah explodiram em uma ação militar coordenada.
A imprensa norte-americana afirmou que os Estados Unidos foram avisados por Israel de que uma operação do tipo seria realizada. Entretanto, o governo israelense não assumiu a autoria.
Após as explosões, o ministro da Defesa de Israel, Yoav Gallant, disse que estava começando “uma nova fase na guerra”.
Enquanto isso, o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu prometeu que levará de volta para casa os moradores do norte do país, na região de fronteira, que precisaram deixar a área por causa dos bombardeios do Hezbollah.
Segundo o governo, esse retorno de moradores ao norte do país só seria possível por meio de uma ação militar.
Em 23 de setembro, Israel bombardeou diversas áreas do Líbano. O dia foi o mais sangrento desde a guerra de 2006.
Em 27 de setembro, Israel matou o chefe do Hezbollah, Hassan Nasrallah, por meio de um bombardeio em Beirute.
Israel lançou uma operação terrestre no Líbano “limitada e precisa” contra alvos do Hezbollah, no dia 30 de setembro.
Em 1º de outubro, o Irã atacou Israel como resposta à morte de Nasrallah e outros aliados do governo iraniano.
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Arte/g1
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