Guerra de Israel contra milícias escala de patamar e passa a ser direta com o Irã

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Questão agora é saber o tamanho da resposta contra regime iraniano e o quanto ela impactará o Oriente Médio. Ali Khamenei x Benjamin Netanyahu
Montagem g1/Reuters/AFP
A guerra de Israel contra milícias financiadas pelo Irã mudou de patamar e intensidade e passou para o confronto direto, depois que o regime teocrático disparou 180 mísseis na região de Tel Aviv, pela segunda vez este ano. Na véspera do início das comemorações do Ano Novo judaico, a ofensiva iraniana foi duas vezes mais poderosa do que a de abril, segundo o Pentágono, pelo número de mísseis balísticos e a sua capacidade de atingir Israel em apenas 12 minutos.
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Israel tem como tradição responder com força aos ataques que lhe são destinados. O premiê Benjamin Netanyahu e o chefe do Estado-Maior, Herzl Halevi, deixaram claro que haverá resposta e ela será significativa.
“O Irã pagará um preço por isso. O regime não entende nossa determinação em nos defendermos e nossa determinação em retaliar contra nossos inimigos”, afirmou Netanyahu.
A questão é saber qual será a escala da resposta israelense — ampla ou cirúrgica — e como ela impactará o Oriente Médio. Em abril, tanto o Irã quanto Israel foram cautelosos ao calibrar a intensidade do ataque e da retaliação.
A ofensiva iraniana desta terça-feira teve como pretexto dar uma resposta aos assassinatos dos líderes do Hamas, Ismail Haniyeh, e do Hezbollah, Hassan Nasrallah. Levou mais de 4 milhões de israelenses a buscar, às pressas, refúgio em abrigos antiaéreos.
Domo de Ferro abate mísseis disparados pelo Irã em Ashkelon, em Israel, nesta terça-feira (1º).
Amir Cohen/Reuters
Os alvos eram bases aéreas e a sede do Mossad, no Norte de Tel Aviv. A maioria dos mísseis iranianos foi interceptada, com ajuda de contratorpedeiros americanos, mas, conforme informou o porta-voz militar de Israel, Daniel Hagari, houve “alguns acertos” e alguns atingiram o solo.
A resposta israelense precisa levar em conta a capacidade militar iraniana e a força do regime. Em abril, Israel optou por um ataque de mísseis a uma base aérea perto de Isfahan, para evitar uma escalada maior.
Agora, há indícios de que o regime está dividido. O presidente Masoud Pezeshkian e o líder supremo Ali Khamenei demonstraram não ter interesse em uma guerra aberta com Israel. Mas a linha-dura do Parlamento pressionava por uma resposta dura, sobretudo para não expor a fraqueza diante do país inimigo.
Na véspera do ataque, Netanyahu se dirigiu aos iranianos, assegurando que a mudança do regime era iminente. Por isso, a reação de Israel deve determinar a próxima fase do confronto.
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Arte/g1

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