Brasileiras relatam terror no Líbano e pedem ajuda do governo Lula para serem repatriadas

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Líbano tem sido alvo de ataques aéreos recorrentes de Israel desde o dia 20 de setembro, e ação por terra começou nesta semana. Brasil vai enviar primeiro voo de repatriação nesta quarta (2). Há mais de uma semana, a brasileira Romilda Hbbas saiu de casa com o marido e os filhos para se abrigar na residência de parentes. A cidade onde moravam, Haret Hareik ao sul de Beirute, vem sendo bombardeada.
“Estamos há uma hora de distância de lá e ainda dá para escutar o barulho das bombas”, conta.
O Líbano tem sido alvo de ataques aéreos recorrentes de Israel desde o dia 20 de setembro. Nesta semana, começaram também ataques terrestres. Israel diz que busca atingir alvos do Hezbollah, grupo extremista com base em território libanês.
Romilda teme pela segurança da família. “Hoje a situação ficou mais tensa e a tendência é piorar. Por isso, a gente está pedindo que o governo brasileiro agilize a repatriação”, apela. O governo anunciou que enviará o primeiro avião nesta quarta (2).
Segundo a brasileira, a situação em Beirute é crítica. Muitas pessoas doentes, precisando de ajuda e morando na rua.
A cirurgiã-dentista Hiam Saleh, que vive no Líbano há 24 anos, também quer voltar ao Brasil o quanto antes. “Estamos passando por uma tortura psicológica, com barulho de explosões e ambulância o tempo todo”, ela afirma.
Israel volta a bombardear o Líbano
Hiam mora próximo à fronteira com a Síria e diz que milhares de pessoas já fugiram para o país vizinho. Ela pede que o governo brasileiro faça a repatriação o mais rápido possível, enquanto o aeroporto de Beirute ainda está aberto.
“As coisas estão piorando, explosões e bombardeios aumentando. Ninguém consegue dormir tranquilo. Sempre ouvindo explosões ou esperando uma explosão em cima da cabeça”, relata.
Outra brasileira que também quer sair do país é Raja Ibrahim. Ela trabalha como guia turística e diz que sempre teve muito orgulho de mostrar esse bonito país para os brasileiros.
“Mas, infelizmente, agora o Líbano está passando por uma guerra terrível, tudo mudou na nossa vida de um dia para o outro, não saímos mais de casa, não tenho coragem nem de ir pro supermercado”, conta
Ela diz ainda que está passando por momentos de muita tensão com os filhos. “A gente vive com medo de barulho de avião, de ataques. As crianças traumatizadas. Precisamos sair daqui o mais rápido possível, porque situação cada vez pior.”
Repatriação
O governo federal começa nesta quata a operação de repatriação de brasileiros no Líbano. Um avião da força aérea vai sair do Rio de Janeiro em direção a Beirute.
Nesse primeiro voo, cerca de 220 brasileiros devem voltar. Ao todo, três mil brasileiros manifestaram a vontade de deixar o Líbano

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