‘Não entre em confronto com o Irã’, diz presidente iraniano após ataque de mísseis a Israel

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O Irã disparou cerca de 200 mísseis contra Israel nesta terça-feira (1º), em ataque que representa apenas parte das capacidades do país, segundo Masoud Pezeshkian. O bombardeio é uma resposta à morte de Hassan Nasrallah, número 1 do Hezbollah, segundo os iranianos. Masoud Pezeshkian, presidente do Irã.
Majid Asgaripour/WANA via Reuters
O presidente do Irã, Masoud Pezeshkian, afirmou que o ataque de cerca de 200 mísseis realizado contra Israel nesta terça-feira (1º) representa somente parte da capacidade ofensiva do Irã, e fez um aviso: “Não entrem em confronto com o Irã”.
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O governo de Israel prometeu uma resposta ao ataque iraniano. O porta-voz do Exército israelense, Daniel Hagari, disse que o ataque foi “sério” e que “haverá consequências”. Segundo o órgão, a força aérea de Israel vai continuar realizando “ataques poderosos” em todo o Oriente Médio na noite desta terça.
O Conselheiro de Segurança Nacional dos Estados Unidos, Jake Sullivan, afirmou que o país fez uma ação coordenada para auxiliar as forças de defesa de Israel. O departamento de Estado dos EUA reafirmou o direito de Israel se defender e disse que coordenará resposta ao ataque junto com os israelenses.
Antes do ataque, os Estados Unidos alertaram o Irã para “severas consequências”. Segundo o Pentágono, o ataque de mísseis desta terça foi cerca de “o dobro da dimensão” do ataque iraniano a Israel em abril.
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Nos últimos meses, Israel e Hezbollah viveram um aumento nas tensões. Um comandante do grupo extremista foi morto em um ataque israelense no Líbano, em julho. No mês seguinte, o grupo preparou uma resposta em larga escala contra Israel, que acabou sendo repelida.
Mais recentemente, líderes israelenses emitiram uma série de avisos sobre o aumento de operações contra o Hezbollah. O gatilho para uma virada no conflito veio após os seguintes pontos:
Nos dias 17 e 18 de setembro, centenas de pagers e walkie-talkies usados pelo Hezbollah explodiram em uma ação militar coordenada.
A imprensa norte-americana afirmou que os Estados Unidos foram avisados por Israel de que uma operação do tipo seria realizada. Entretanto, o governo israelense não assumiu a autoria.
Após as explosões, o ministro da Defesa de Israel, Yoav Gallant, disse que estava começando “uma nova fase na guerra”.
Enquanto isso, o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu prometeu que levará de volta para casa os moradores do norte do país, na região de fronteira, que precisaram deixar a área por causa dos bombardeios do Hezbollah.
Segundo o governo, esse retorno de moradores ao norte do país só seria possível por meio de uma ação militar.
Em 23 de setembro, Israel bombardeou diversas áreas do Líbano. Cerca de 500 pessoas morreram e centenas ficaram feridas. O dia foi o mais sangrento desde a guerra de 2006.
Em 27 de setembro, Israel matou o chefe do Hezbollah por meio de um bombardeio em Beirute.
Em 31 de outubro, as Forças de Defesa de Israel anunciaram que militares estavam se preparando para uma possível operação terrestre no Líbano. Bombardeios aéreos executados pelos israelenses seriam indícios de uma preparação de terreno.

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