Israel bombardeia Beirute e diz que atacou QG do Hezbollah; nuvem de fumaça é vista na capital do Líbano

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Ataques de Israel ao grupo extremista do Líbano Hezbollah completam uma semana, com mais de 700 mortes, nesta sexta-feira (27). Cortina de fumaça domina o céu da capital do Líbano após bombardeio de Israel
Israel atacou o centro de Beirute, capital do Líbano, nesta sexta-feira (27). Uma nuvem de fumaça dominou o céu da capital.
Várias explosões atingiram o sul da cidade pouco mais de uma hora após o discurso do primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, na Assembleia Geral da ONU.
Imagens postadas em redes sociais mostram o momento do ataque e a enorme nuvem gerada pelos mísseis.
Segundo as Forças Armadas de Israel, foi realizado um “ataque de precisão” ao quartel-general do Hezbollah. O órgão informou que o QG está localizado entre edifícios residenciais em Dahieh, Beirute, “como parte da estratégia do Hezbollahivis de usar cidadãos libaneses como escudo humano”.
Momento das explosões e enorme nuvem de fumaça formada
Telegram/Reprodução
Nuvem de fumaça após bombardeio no sul de Beirute
Telegram/Reprodução
Mais de 700 mortos
Nove pessoas de uma mesma família morreram em um bombardeio à cidade de Shebaa, no sul do Líbano, que deixou 25 mortos no total, na manhã desta sexta. Quatro delas eram crianças, segundo o prefeito da cidade, Mohammad Saab.
Do outro lado, as Forças Armadas de Israel disseram que o Hezbollah lançou mísseis contra a cidade de Haifa, a terceira maior de Israel e que virou alvo do grupo extremista desde o início da escalada dos conflitos entre as duas partes.
Entenda o conflito no Oriente Médio e a possibilidade de uma guerra geral
Israel vem bombardeando regiões do Líbano há uma semana, em uma nova página do conflito no Oriente Médio que já deixou mais de 700 mortos. O governo israelense afirma que o alvo é o Hezbollah, grupo extremista financiado pelo Irã que nasceu no Líbano com o intuito de lutar contra Israel.
A escalada da troca de ataques entre os dois lados — que já acontecia de forma constante desde o início da guerra na Faixa de Gaza, há quase um ano — ocorreu após explosões em série de pagers e walkie-talkies de membros do Hezbollah, que acusam Israel pelo ataque.
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A semana de bombardeios provocou também um êxodo sem precendetes no Líbano desde a guerra de 2006. Nesta sexta-feira, a ACNUR, a agência da ONU para refugiados, afirmou que mais de 30 mil pessoas de diferentes regiões do Líbano fugiram para a vizinha Síria nas últimas 72 horas.
Outros milhares de pessoas também tentam deixar o país, mas dezenas de companhias aéreas cancelaram operações nos aeroportos libaneses. O Itamaraty disse esta semana que está consultando brasileiros que queiram deixar o Líbano para estudar a repatriação ao Brasil — há 21 mil cidadãos brasileiros morando no Líbano, a maior comunidade brasileira no Oriente Médio.
Nesta sexta-feira, o irmão do brasileiro de 15 anos que morreu junto com o pai durante um dos bombardeios israelenses no Líbano chegou ao Brasil e relatou o momento em que a família foi atingida pelo ataque. “Não dava para respirar”, disse ele no aeroporto de Foz do Iguaçu a jornalistas (veja vídeo abaixo).
Jovem que sobreviveu a um bombardeiro no Líbano trabalhava com o pai e o irmão no momento
Do lado de Israel, milhares de pessoas no norte tiveram de deixar suas casas por conta dos lançamentos de mísseis e foguetes pelo Hezbollah — o governo israelense prometeu que a nova fase só terminará quando os moradores conesguirem retornar com segurança.
Por isso, o primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu, rejeitou na quinta-feira (26) uma proposta de cessar-fogo conjunta feita por diversos países, entre eles os Estados Unidos, o Reino Unido e os Emirados Árabes.
Em outra frente de ataque também nesta sexta, as forças israelenses mataram cinco soldados sírios em um bombardeio na região fronteira entre o Líbano e a Síria. A informação foi divulgada pela agência de notícias estatal da Síria.
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Integrantes do resgate e moradores observam destruição deixada por bombardeio israelense em Shebaa, no sul do Líbano, perto da fronteira com Israel
Rabih DAHER / AFP

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