Julian Assange se declara culpado em audiência em tribunal dos EUA após acordo por liberdade

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O criador do WikiLeaks fez um acordo com os americanos para assumir uma acusação por espionagem em audiência nas Ilhas Marianas do Norte. Após a audiência, o Assange deve ser oficialmente libertado e espera-se que volte para a Austrália. O ativista ficou mundialmente conhecido pela divulgação de arquivos confidenciais e militares norte-americanos. Julian Assange chega a tribunal dos EUA para audiência que pode libertá-lo
O fundador do WikiLeaks, Julian Assange, se declarou culpado em audiência no tribunal dos EUA nas Ilhas Marianas do Norte na noite desta terça-feira (25). A audiência, que pode dar a liberdade a Assange, começou pouco após as 20h (horário de Brasília) na noite desta terça-feira (25).
A audiência é fruto de um acordo de Assange com a Justiça dos EUA. Assange se declarou culpado em uma acusação por espionagem, assumindo uma acusação criminal de conspiração para obter e divulgar documentos classificados de defesa nacional dos EUA, segundo documentos da Justiça americana.
Como parte do acordo, ele também deve pedir perdão aos EUA e deve ser oficialmente libertado, segundo documentos da Justiça americana.
A acusação criminal que Assange assumiu é de conspiração para obter e divulgar documentos classificados de defesa nacional dos EUA, segundo documentos da Justiça americana.
Quem é Julian Assange e o que é WikiLeaks? Entenda a polêmica que envolve vazamento de documentos secretos dos EUA
O fundador do WikiLeaks deve ser sentenciado a 62 meses de prisão, tempo que ele já cumpriu no Reino Unido. Após se declarar culpado e passar pela audiência, Assange estará oficialmente liberado e espera-se que ele volte para a Austrália, país do qual é cidadão.
A audiência de Assange está acontecendo nas Ilhas Marianas do Norte porque a ilha é o território americano mais próximo à Austrália e o ativista não quis ir aos EUA. Os americanos têm um tribunal na ilha.
Fundador do WikiLeaks, Julian Assange chega a tribunal dos EUA para audiência que pode libertá-lo em 25 de junho de 2024.
Reuters
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Assange chegou às Ilhas Marianas do Norte durante a tarde desta terça. Assim que saiu da prisão de segurança máxima em Londres na manhã de segunda (24) após o acordo com os EUA, o ativista pegou um voo privado em direção ao país. Durante o trajeto, seu voo chegou a ser o mais monitorado do mundo no FlightRadar24, informou ao g1 o site especializado em monitoramento aéreo em tempo real.
Fundador do WikiLeaks, Julian Assange chega a tribunal dos EUA para audiência que pode libertá-lo em 25 de junho de 2024.
REUTERS/Kim Hong-Ji
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Segundo o site FlightRadar24, o voo de Julian Assange para a Austrália está previsto para decolar de Saipan às 23h20 (horário de Brasília) desta terça, e chegar às 5h53 (horário de Brasília) desta quarta (26).
Julian Assange olha através da ecotilha do avião durante voo em direção às Ilhas Marianas do Norte
WikiLeaks/Divulgação
Comitiva de carros que acredita-se levar Assange saindo do aeroporto internacional de Seipan, nas Ilhas Marianas do Norte.
Reuters
Julian Assange ficou mundialmente conhecido por fundar um grupo de ativistas chamado WikiLeaks, em 2006. Nos anos seguintes, a organização vazou cerca de 700 mil documentos classificados dos Estados Unidos, o que irritou autoridades norte-americanas.
Diante disso, Assange enfrentou várias acusações e chegou a ficar sete anos asilado na Embaixada do Equador em Londres, antes de ser preso. Ele será oficialmente libertado após anos de batalhas judiciais e um acordo com os Estados Unidos.
Caso fosse extraditado para os EUA, ele poderia ser condenado a até 175 anos de prisão.
Após se declarar culpado e passar pela audiência, Assange estará oficialmente liberado e espera-se que ele volte para a Austrália, país do qual é cidadão. Segundo sua mulher, Stella Assange, o ativista pedirá perdão ao governo dos EUA e será um “homem livre”.

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